quinta-feira, 19 de junho de 2014

(De)vida...



"Tarde após tarde
Noite após noite
Coração que bate
Mente que foge...

Minto para meus sentidos
Corro por escuros caminhos
Torpe sensação
Obscura vontade de cair...

Ritmo louco
Rápido
Tenso
Penso...

Tarde demais para respirar
Pensamento desviado
Desvairada rota
Bussola quebrada...

Lento viver
Luar vermelho
Vida sem retorno
Ida sem preparação...

Eco verdadeiro
Mentiras assopradas
Percas calculadas
Maculas limpas...

Nau descontrolada
Dança quente
Solidão expressa
Lenta morte...

Corte profundo
Olhos fundos
Realidade branda
Brasa mexida...

Longa canção
Descontrole de refrão
Deliciosa maldição
Ida em plena monção...

Percepção falha
Tênue realidade
Pesada vertente
Fria tristeza...

Queda infindável
Veludo rasgado
Pele raspada
Ardor da certeza...

Fios cortados
Recolocados
Rearrumados
Nós sumidos...

Volta
Queda
Escolha
Existência vazia...

Reunião de forças
Sons ocos
Amargas formas
Gritos soltos...

Tarde fria
Noite sem luar
Crença sem fé
Fugir para mentir...

Volta... Solta
Queda... Seca
Escolha... Obvia
Existência vazia... Carência (de)vida...”



sábado, 14 de junho de 2014

9 Círculos - Cerro de Harpagão - 4 círculo.


“Chego onde não deveria estar
Afinal de todos os pesares
Pecados e crimes
Esse eu não tenho...

Minha pista aqui é rápida
Uma reta
Ladeira traiçoeira
Quase escorregando nessas malditas moedas...

Vejo o cume de tal fronta
Lá cinco
Os mais gananciosos
Pecadores de Cobiça e Acumulo...

Fortuna me segue é minha guia
O azarado mais sortudo
Ou o sortudo mais azarado
Ainda não tenho essa resposta.

No meio desse caminho
Não me sinto sujo
Nem imundo...
Apenas observo com nojo

Como podem querer tanto
Serem tão vazios
Terem tanto e tão incultos
Cheios de um nada, não natural...

Os cinco ficam como reis
Das colinas que se formam
Outros em baixo, são vis, chulos, pervertidos
Cuspindo ofensas e ladrando agouros...

O disforme e sua moeda
Velho e seus fantasmas
O filho do pensador iluminado
A Tola que tudo queria...

… O ultimo é meu retrato
Disforme e amargo
Triste e envaidecido
Longe do que sou... sem rir... sem amar...

Plutão e Fortuna me guiam...
É a descida mais rápida
Um circulo que não possuo...
Mas ainda me sinto triste...

Continuo meu caminho
Agora desço mais em minha vertente
Minha virtude
Meu monstro...

A ira me domina
A cólera persegue
E fantasmas do passado surgem
Meu próximo passo é obscuro...

Esfinge de mim
Mistério e trocadilho
Perdido enigma
Caído para a próxima escadaria...”


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Curvas do paraíso...

“ Sinuosa forma
O que vem a seguir?
Meus lábios percorrem, quantas sensações
Gosto sabor do pecado...

Percorrendo todas as curvas
Completamente instigante
Amo a maneira que sua voz fica...
...Ofegante

Brinque com suas silhuetas
Sou prisioneiro de nossos sentimentos
Oferte seu mais profundo...
…Intimo prazer

Além de todos os ápices
Esquecendo o mundo, deixe-o queimar
Rumando para nosso paraíso
Amanhã não existe... Somente o sentir...

Correnteza de nosso amor
Nosso corpo cheio de veneno
Arde e queima... amantes presos
Em nossa pequena morte...

Famintos saciando nos corpos
Veios de vontade, quem consegue segurar?
Indomáveis enlaçados
Perdidos em curvas e mais curvas...

Cego apenas toco seu corpo
Tateio procurando
Seguro querendo
Caminho tortuoso para o céu...

Sigo por essa noite
Única madrugada
Lembrança marcada, ferro e fogo...
Rubra face em pleno cume...

Caminharei ao seu lado
Corro para a luz desviando de distrações
Vou para o eterno
Curvas sinuosas tensas... Úmidas...

Leve-me para longe
Desejo me perder
Pedir para enlouquecer
Percorrendo todas as curvas...

Sinuosa forma de amar
O que vou seguir?
Meus lábios ardem, esse é seu veneno?
Gosto sabor do pecado... Perversão lúdica.

Percorrendo todas suas curvas
Completamente entregue ao seu veneno
Amo a maneira que seu corpo...
...Se entrega aos meus toques
...no caminho de curvas...
...indo para o paraíso...”




9 Circulos - Açorada Inópia – 3 circulo



"Adentro em meios pensamentos
Aqui é meu tenebroso inferno
Desço em minha pior espiral
Escadaria de meu próprio anjo da luz...
Vagueio em minhas lembranças
Meus prazeres
Minhas derrotas, loucuras, inocências
É um novo ciclo
Uma nova espira
Pra mim
Fome incontrolavel... Me domina... coito...

Sou um pecador...
Sabe como me sinto ?
Andando em meio de meus pecados
Sabe como me sinto ??
Um cafetão, traidor, puto... safado...
Sabe como eu realmente me sinto???
É um novo entardecer
Um novo ciclo
Um novo ondeio
Pra mim
Ambição insaciável... Me controla...asilo

Anjo caído, traidor e salvador...
Maldito bem vindo...

Cão infernal com seus seis olhos
Pressente minha cólera, penúria solitária
Caminho na lama de um passado
Esfomeados, desnutridos me olham
É uma vontade, cólica, dor visceral
Por um abuso, gozo, prazer, insanidade...
Andando em meio de meus pecados
Sabe como me sinto ??
Um dominador, professor, devasso... tarado...

É um mar, um passado, chagas quentes...
Como um lobo omega, sinto
Aroma de corpo, presas, vitimas...
...apetitosas
Sabe como me sinto ?
Liberto de grilhões sujos
Sabe como me sinto ??
Um cretino, viciado, torpe usuário
Sabe como realmente me sinto ???
Atolado até o pescoço em perversão...

Nessa ultima volta, sinto...
...O doce mel de seu sabor
Uma doce lembrança
Afogada em meus pecados...
Minha avidez indomável
Sabe como eu me sinto ?
Um sujo, vadio, vagabundo... Puro...
Sabe como eu me sinto ??
Um lobo saboreando sua presa, brincando...
Sabe como eu realmente me sinto ???
Um tolo faminto, buscando migalhas...

Continuo meu caminho...
Imundo e lambuzado
Desço a escada de meu inferno
Devo visitar Plutão e Fortuna...
Quero tudo, todos, afins...
Sabe como eu me sinto ????
Caindo.." 


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Devaneio secundario...

 
“ Noite quente
suor pelo corpo
ardor que não passa
que fome é essa ???

Não consigo respirar
meu corpo implora
toque, carinho, abuso
que fome é essa ???

Lembranças me enlouquecem
que vontade
mãos de firmam
vou te possuir mais uma vez...

Maldita fome que nunca acaba
o ar falta...
o corpo responde
excitado quero você...

Seu peso
sobre meu corpo
seu suor pingando em mim
seu gozo me envolvendo...

Minhas mãos
tocando
vibrando
adentrando...

Meu saborear
deslizando
procurando
invadindo...

Excitado sou dominado
Demonio esfomeado
Domino
Cada peça cai... a fome apenas cresce...

Não consigo parar
Necessito de você
imovel para meu toques
presa, segura, amarrada...

Abusos tensos
intensidade
gemido em grito
controle na ponta dos dedos...

Lamba, segure e sorva
morda, queira, possua
implore, deseje, venere
devota a mim... ao meu desejo...

Mentes inundadas
imundas
mudas
torpes com tanto desejo...

Seu prazer em um tremor
espasmo
jorro quente
loucura cega sem definição...

Noite quente
sem respirar
só o pensar em você
querer, saciar, matar tal fome...

Entregue em minhas mãos
cuidada, amada, usada
meu brinquedo... minha amante
seu prazer, sua loucura, sua vontade me alimenta...

Me faça esquecer
o mundo
o sofrimento
a causas infrutiferas...

Sacio minha vontade em seu corpo
seu suor mata minha sede
seu prazer mata minha fome
sua devoção me faz ser seu senhor...

Tome...
Dome...
Sonhe...
Fome...

Noite quente, cheia de prazer...
suor pelo corpo, inunda meu corpo
ardor que não passa, queima e enlouquece
que fome é essa ??? Sou eu querendo você...

Não consigo respirar, me sufoque
meu corpo implora , me mate de prazer
toque, carinho, abuso...
que fome é essa ??? Sou eu querendo você...

Lembranças me enlouquecem... Preciso de você...
que vontade... estou sempre com você
mãos de firmam... estou enlaçado em você...
vou te possuir mais uma vez...eu e você...”



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ela monstro...


"Companheira eterna
Minha parceira
Lado a lado
Sempre quis... alguém como você...

Espada afiada
Dança desnuda
Succubus rubra
Dilacera minhas carnes...

Em seu olhos, minha espiral...
Sou sincero, eu a amo...
Sou completo com você
Excitado, realizado... eu e meu monstro...

Você é meu monstro
Belo monstro
Invejável monstro
Sou eu com você...

Preciso de seu olhar
Afirmo preciso de seu ardor
Belo monstro
Minha succubus rubra...

Você é meu monstro
( eu não ligo, eu não temo)
Minha succubus rubra
( eu não recuo, não fujo)
Minha doce amada
( não corro, não enlouqueço)
Minha companheira
( lado a lado, costas com costas)

Vejo em seus olhos
Passado de amor... fogo que arde...
A magia tão eterna em meu coração...
Ela o queima... o mantem...

Em seu olhos, minha espiral...
Sou sincero, eu a amo...
Sou completo com você
Excitado, realizado... eu e meu monstro...

Você é meu monstro
Belo monstro
Invejável monstro
Sou eu com você...

Preciso tanto de você ( preciso)
Grito que amo ( amo muito )
Belo monstro ( aquela que admiro)
Belo monstro...

Preciso... seu olhar
Amo muito... seu ardor
Admiro.... seu belo monstro
Belo monstro... succubus rubra...

Você é meu monstro
( eu não ligo, eu não temo)
Minha succubus rubra
( eu não recuo, não fujo)
Minha doce amada
( não corro, não enlouqueço)
Minha companheira
( lado a lado, costas com costas)

Monstro, belo monstro...
(eu não ligo, eu não temo) admiro
Succubus rubra
(eu não recuo, não fujo) acompanho
Você completa... Espiral de vidas...
(não corro, não enlouqueço) degladio...
Companheira, mulher, amante, succubus...
( lado a lado, costas com costas)

Espada afiada
Dança desnuda
Succubus rubra
Dilacera minhas carnes..."



9 cirulos - Arquivolta Descomedida – 2 Circulo.




“ Vale dos ventos
descendo e descendo
apenas passos dentro de mim
uma maldita espiral caindo e caindo...

Chego em minha segunda parada
momento
um tempo
uma parcela de tudo...

Ele vem com suas duas concubinas
Arlequinas de pureza e luxuria
Succubus... historias...
Casta e bela... Puta e devassa...

Minos e Sade
ouvintes e escritores
declaradores da mais hedionda
forma de libidinagem avida do apetite...

Mesmo desigual
são meus guias na terra das brisas
mostram-me os mais sujos pecados
a lascivia em prosa e verso...

Afrodite me encanta
seduz e dança
como não querer e desejar tal afronta
amor que de joelhos sinto
frio calafrio...

Deusa do nilo
Anuket vida em flor
Germinação em cada vertente
cada vértice perdido
ventania arenosa...

Bebo o vinho de Dionísio
Sorvo em seu cálice
loucura no êxtase
risos nesse deserto
insanidade triste....

Eros primordial
primeiro dos pecados
coito de vontade
excesso tempestuoso
entre reis, rainhas, deuses e deusas...

Freyja guerreira
armada nessa nevasca
fria corrente
movimenta as estações
limbo maldito...

Kamadeva que me ensina o impensado
tutela, rege e pratica
constroe e ludibria
deleite lento... calmo... experiente...
dança ritmada...

Em pleno mar rubro
a primeira esposa me encontra
mostra-me o que é volúpia
trevas em minha volta
caminhar ao terceiro circulo...

Pan toca
implora
fome que consome
sua maldita forma
exuberância plena...

Tlazoltéotl fogo em pássaro
deusa em pecado
imortal... imoral... avidez
gana...gozo...fúria...
Sou um homem perdido...

Vénus joga comigo
dança como antigamente
me faz sonhar com o impossível
que meu circulo é esse
… mas perdido estou … longe de tudo... todos...

O primeiro é o ultimo
Sade em dó menor
sorri... encanta... convida...
chicoteia e emerge...

Julliet canta
distorce
julga
envenena com seu vão amor...

Justine apenas diz...
… Seu lugar não é aqui
continue... prossiga... caminhe
sua estadia acabou o limbo não é seu destino final...

Frio calafrio
ventania arenosa
insanidade triste...
entre reis, rainhas, deuses e deusas...
limbo maldito...
dança ritmada...
caminhar ao terceiro circulo...
exuberância plena...
Sou um homem perdido...
… mas perdido estou…
longe de tudo...
todos...”